Ex-secretário de Segurança do Rio Grande do Norte na Copa 2014, o general reformado Eliéser Girão Monteiro, eleito deputado federal pelo PSL – partido do presidenciável Jair Bolsonaro – disse que a legenda será a maior do País em pouco tempo porque muitos parlamentares se identificam com o antipetismo e querem um governo sem corrupção, ou seja, uma gestão antipetista, em sua avaliação.
Em entrevista ao programa Cidade Agora, apresentado pelo jornalista Alex Viana, na 94 FM, o General Girão – como é conhecido – destacou que a política vai mudar no Brasil a partir do próximo ano e a prova está no resultado nas urnas. O general disse ainda que cabe espaço para mais surpresas no segundo turno. “As pessoas se cansaram dos políticos tradicionais. Fui eleito gastando apenas R$ 40 mil e não falei com nenhum prefeito nas cidades que visitei. Teve gente que gastou milhões e ficou de fora”, disse.
Eleito com 81.640 votos, o deputado federal e general Girão acredita que a campanha política na televisão não tem mais o mesmo efeito. Do contrário, Jair Bolsonaro não teria se consolidado com uma grande votação – porque tinha apenas oito segundos e ainda abriu mão do fundo partidário. O general fez questão de ressaltar que não há risco de o Brasil deixar de ser um país democrático. Para ele, os militares sabem o seu papel e o cumprirão ainda melhor com a defesa das fronteiras terrestres e marítimas, ajudando a combater o tráfico de drogas, o contrabando de armas e o tráfico de pessoas.
Para o general, o controle das fronteiras é fundamental para o combate à violência, porque as drogas passam por lá. “São 17 mil quilômetros de fronteiras terrestres e outros oito mil quilômetros marítimos. É muita coisa. O general Heleno, que deverá ser o ministro da Defesa no governo Bolsonaro, saberá resolver essa questão. O controle do espaço aéreo já é bom. Precisamos melhorar no mar e na terra”, antecipa Girão.
Números apontados pelo general mostram, ainda, que os militares não foram eleitos em grande número, como muita gente vem dizendo. O que houve, segundo o general, foi um inegável crescimento do PSL no Congresso Nacional. Contudo, quantos aos militares, dos 114 candidatos, menos de dez foram eleitos. “Isso mostra o pluralismo da sociedade brasileira. Os militares de hoje são a favor da democracia, afinal de contas fomos candidatos, colocamos nosso nome para a escolha das pessoas. Uns se elegeram, outros não”, analisa.
Questionado sobre a liberação da maconha – um tema recorrente no Congresso Nacional – o general posicionou-se contrário ao uso de qualquer tipo de droga considerada ilícita, mas explicou que não é um homem radical e disse que nos casos comprovados que o princípio ativo da maconha ajuda a combater e contribuir positivamente no tratamento de doenças, neste caso, não há problema, porque há respaldo científico.
ConversionConversion EmoticonEmoticon