A indústria potiguar ficou menos confiante na passagem de agosto para setembro, segundo os Indicadores Econômicos Conjunturais do bimestre agosto/setembro da Federação da Indústria do RN (Fiern) publicados nesta terça-feira, 16.
O Índice de Confiança do Empresário Industrial – ICEI potiguar, da FIERN/CNI – caiu de 55,4 para 52,9 pontos no período (50 pontos é o patamar que separa confiança de falta de confiança), após permanecer negativo em junho e julho (48,4 e 49,5 pontos, respectivamente).
A indústria da construção é a que mais sofre, de acordo com o estudo, pois se mantém em declínio desde setembro de 2013, de acordo com a Sondagem Indústria da Construção, da FIERN.
O indicador de Utilização de Capacidade de Operação – UCO – atingiu 34% em agosto, o terceiro nível mais baixo da série histórica iniciada em janeiro de 2012.
“A construção ainda não conseguiu sair da crise e as reações detectadas são comportamentos isolados que, entretanto, não conseguem impactar o conjunto do setor”, comenta o relatório.
A sondagem mostra, ainda, que o nível da produção industrial caiu entre julho e agosto de 55,6 para 50,6 pontos. As pequenas empresas assinalaram crescimento no mês, enquanto as médias e grandes recuou.
“Trata-se, no entanto, de um comportamento isolado, visto que entre dezembro e julho o desempenho das indústrias de menor porte se manteve sempre abaixo do nível das demais e inferior a 50 pontos”, comenta o relatório da Fiern.
No entanto, assinala, comparando o indicador de evolução da produção de agosto em relação ao mesmo mês de 2017 (50,2 pontos), o conjunto da indústria, pode-se dizer, ficou estável.
Já em agosto, o nível de Utilização da Capacidade Instalada – UCI das médias e grandes indústrias potiguares alcançou 73% sobre os 65% das pequenas.
Enquanto o do grupo extrativo e de transformação mostrou o melhor nível para o mês desde 2014, o da construção caiu ao patamar mais baixo, levando em conta a mesma série.
Outro indicador usado como parâmetro para medir a atividade industrial, o consumo industrial de energia elétrica registrou o desempenho mais fraco no entre janeiro e agosto em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com a Cosern, o consumo de energia pela indústria recuou 3,8% no período. O nível do consumo industrial de energia elétrica no período janeiro-agosto de 2018 (788,391 Mwh) é também o menor da série histórica iniciada em 2014, e 10% abaixo do patamar deste período (876,359 Mhw).
Já o comércio é a atividade econômica potiguar com melhor balanço durante o ano, inclusive superior à média nacional, destaca o relatório.
O crescimento da receita real de vendas do varejo do RN no período janeiro-agosto de 2018, em comparação a igual base de 2017, correspondeu a 8,6% (ante 2,6% no conjunto do país) e a do varejo ampliado, que inclui veículos, motos e partes e peças e material de construção aumentou 6,6% (contra 5,6%).
Em compensação, os serviços parecem não dar mostras de recuperação, quando visto apenas pelo ângulo do faturamento.
A receita real de serviços do estado no período janeiro-julho variou -8,9% (ante -0,8% de média nacional). Entretanto, quando se tomam os indicadores de emprego constatasse que esta é a atividade que criour maior volume de ocupação, inclusive, ao considerar-se apenas o emprego com carteira.
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